A Better Collective A/S, empresa de mídia esportiva e de apostas, está confiante em relação às metas financeiras atualizadas da empresa para 2024, apesar de divulgar resultados do Ebitda (lucro operacional bruto) estáveis durante as operações do segundo trimestre deste ano.
Depois de publicar o relatório provisório referente aos primeiros seis meses de 2024, as receitas da empresa, até agora, são de € 194 milhões – cerca de 17% a mais que os € 166 milhões de 2023.
A Better Collective manteve o ritmo financeiro, gerando um aumento de 27% nas receitas do segundo trimestre deste ano, chegando aos € 99 milhões, em comparação ao segundo trimestre de 2023, de € 78 milhões. Além disso, a Better Collective destacou uma contribuição de € 62 milhões provenientes de receitas recorrentes.
O KPI (Key Performance Indicator) de receitas recorrentes fortalecido ressalta a priorização da Better Collective na mudança contínua de ativos de mídia para contratos de participação nas receitas, junto aos novos ativos de fusões e aquisições (F&A), os quais contribuem para novas receitas de publicidade.
Os resultados detalhados da Better Collective
Uma análise detalhada do desempenho da rede da Better Collective indica que o segmento editorial gerou receitas de € 71 milhões no segundo trimestre deste ano, cerca de 33% a mais que os resultados do mesmo período de 2023 – de € 53 milhões.
No entanto, prejudicado por uma margem operacional inferior a 28%, o segmento editorial registrou uma diminuição de 5% nos ganhos operacionais, atingindo € 20 milhões. Essa redução refletiu as operações do segundo trimestre relacionadas aos picos de comparação dos Estados Unidos, com novos lançamentos estaduais e acordos de alto CPA (Custo por Aquisição).
Durante o período, a unidade Paid Media da Better Collective alcançou um aumento de 14% nas receitas, referente a € 28 milhões, combinado com uma contribuição nos ganhos operacionais de € 8 milhões, com resultados que indicam uma melhora nas receitas recorrentes dos acordos de mídia existentes.
Na América do Norte, a Better Collective gerou receitas de € 26 milhões, mas gerou ganhos operacionais reduzidos de € 1,9 milhão – em comparação aos € 7,5 milhões registrados em 2023.
Tal declínio é atribuído à transição dos acordos de mídia e de clientes dos Estados Unidos para contratos híbridos ou de participação em receitas, comparando-os ao pico de atividade do CPA registrado pela rede da Better Collective no país durante o segundo trimestre de 2023. A administração destaca que o desempenho dos lucros de rede da empresa no mercado estadunidense será otimizado no segundo semestre.
Os benefícios e a sustentabilidade da mudança estratégica são refletidos na rede europeia e no resto do mundo (RoW) da Better Collective, que gerou receitas de € 73 milhões no segundo trimestre deste ano, junto aos lucros operacionais de € 26 milhões, enquanto que no segundo trimestre de 2023 foram € 21 milhões.
Conforme destacado, a rede europeia e a do resto do mundo registaram “um crescimento de receitas partilhadas de 28% e um crescimento da CPA de 42%”. Além disso, as receitas cresceram cerca de 42%, devido à contribuição das recentes aquisições com as receitas de publicidade.
Jesper Søgaard, CEO e fundador da Better Collective, comentou os resultados do segundo trimestre de 2024: “Nosso negócio atual voltou a crescer organicamente, apesar do desempenho excepcionalmente bom durante o primeiro semestre de 2023”.
“Graças a isso, alcançamos um aumento considerável nas receitas recorrentes derivado dos crescimentos orgânico e pago, à medida que continuamos nossa transição na América do Norte para participação nas receitas”, acrescentou o CEO.
Mais detalhes financeiros
A Better Collective também informou o Ebitda estável no segundo trimestre de € 29 milhões, com uma margem de 29%, representa o desempenho excepcional do ano passado e a contribuição de margem limitada esperada em curto prazo para as recentes aquisições das empresas Playmaker Capital, AceOdds e Playmaker HQ.
O Ebitda anual, até agora, é de € 57 milhões, € 5 milhões a menos dos resultados acumulados em 2023 – de € 62 milhões. A administração ressaltou que os desafios do Ebitda serão superados no segundo semestre deste ano, devido ao melhor desempenho dos lucros das parcerias pagas, à mitigação das mudanças do Google, ao crescimento nos Estados Unidos e à contribuição de margem de novos ativos provenientes de F&As.
“Na situação atual, o impacto financeiro líquido do grupo foi completamente mitigado. Conseguimos cumprir nossas previsões de receita, do Ebitda e da NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada) antes mesmo dessas mudanças ocorrerem. Por isso, continuamos no caminho para atingir as nossas metas financeiras, e a nossa forte estratégia diversificada permite-nos explorar cenários industriais em mudança enquanto nos mantém focados no crescimento rentável e sustentável [da empresa]”, afirmou Søgaard.
O balanço do grupo detalha os custos, até hoje, em € 137 milhões de euros, em comparação aos € 104 milhões do ano anterior, e a Better Collective observou um aumento na base de custos de € 29 milhões, diretamente ligado aos custos de aquisição.
A Better Collective manteve as suas metas revisadas com receitas projetadas entre € 395 milhões e € 425 milhões, indicando um crescimento entre 21% e 30% – antes era entre € 390 milhões e € 420 milhões -, e o Ebitda entre € 130 milhões e € 140 milhões, demonstrando um crescimento entre 17% e 26% – anteriormente, o valor ficava entre € 120 milhões e € 130 milhões.
No início deste semestre, o CEO declarou que a empresa está “a todo vapor”, acrescentando: “Agora, esperamos ansiosos pelo segundo semestre do ano, que costuma ser muito movimentado, com a maioria das principais ligas esportivas ativas”.
“Ao longo dos nossos seis anos como empresa pública, cumprimos consistentemente as nossas promessas. Trata-se de uma tradição que nos orgulha e que pretendemos honrar enquanto seguimos aproveitando as oportunidades de crescimento sustentável”, concluiu Søgaard.
