Durante participação na Conferência Nacional de Futebol (CONAFUT) no último dia 23, em São Paulo, José Francisco Manssur, assessor especial do secretario executivo do Ministério da Fazenda, disse que a regulamentação das apostas esportivas no país está próxima de ser concluída.
Conforme informou o BNLData, no painel “Apostas Esportivas: Regulamentações, Patrocínios e a Integridade do Jogo”, Manssur explicou que o processo de regulamentação do setor está em andamento.
“A gente está muito perto disto. É garantia que isto irá acontecer? Pode acontecer que tenha alguma intercorrência, mas o mais importante é que nós pensemos todas as etapas que precisam ser percorridas, especialmente a de ouvir a sociedade e os clubes”, destacou Manssur.
O assessor, ainda, pontuou: “Nós ouvimos os clubes, a CBF, nós ouvimos os operadores e as associações de apostadores, mas acreditamos que é importante ouvir quem faz a utilização deste serviço para que possamos ter controle e fiscalização daquilo que vamos regular”, destacou.
O objetivo do painel em que participou Manssur foi discutir os impactos da fraude esportiva no esporte e na indústria de apostas – especialmente depois dos casos de manipulação de resultados descobertos pela operação Penalidade Máxima, de autoria do Ministério Público de Goiás (MP-GO).
Além disso, o assessor opinou que não considera oportuno proibir determinados tipos de apostas. “O sujeito vai apostar no escanteio fora do Brasil [em outra casa de aposta]; logo, não teremos condições de fiscalizar. Se nós proibirmos um usuário de apostar em um escanteio aqui no Brasil, o mesmo fará isso apostando em algum campeonato internacional”, concluiu.
Hoje, 27, em audiência da CPI das apostas, Manssur disse: “Quando a gente estiver os sistemas instalados e verificar uma aposta que nos chame atenção, uma aposta, por exemplo, de R$ 1 milhão em um escanteio, isso vai ligar dentro do Ministério da Fazenda um sinal amarelo e casado com sistemas que já existem hoje de acompanhamento de comportamento padrão dos atletas, nós vamos poder até, percebendo isso antecipadamente, determinar as empresas credenciadas no Brasil, que vão estar todas no sistema da Fazenda, que retire aquele jogo do card”.
