A partir de ontem, 8 de agosto, foi oficialmente aprovada a renúncia voluntária de Jaime Wilhelm. O ex-CEO da Dreams decidiu se afastar da empresa depois de sua gestão ter sido considerada “chave” pelos acontecimentos pelos quais a Dreams, em conjunto às suas competidoras Enjoy e Marina del Sol, está sendo investigada pela Fiscalía Nacional Económica (FNE) do Chile.
No comunicado oficial apresentado ontem à Comisión para el Mercado Financiero (CMF) nacional, Wilhelm garantiu que manterá sua vinculação à empresa durante a etapa de transição e declarou que sua decisão de renúncia “está relacionado a motivos pessoais”.
“Minha decisão foi tomada com o objetivo de assumir novos desafios. Meus agradecimentos à administração e a todos os colaboradores que fazem da Dreams a melhor companhia de jogos de cassino do país”, afirmou.
Conforme o que foi publicado no Diario Financeiro do Chile, o documento enviado à CMF confirmaria que o posto de diretor executivo, até agora ocupado por Wilhelm, passaria a Patricio Herman, gerente de Cassino da Dreams.
A investigação que envolve as três operadoras mais importantes do Chile se baseia na acusação de conluio na última licitação de cassinos. Este também foi o motivo pela qual foi cancelada a suposta fusão que Dreams e Enjoy começaram a formular meses atrás e que teria resultado na criação de uma empresa que controlaria 58% das licenças de operação no Chile e 76,4% da receita bruta total do setor em 2019.
No entanto, é importante destacar que a FNE ainda não apresentou formalmente nenhuma acusação contra o ex-CEO da Dreams, o qual ocupou a posição por quase nove anos – ainda que, em um relatório confidencial publicado em março deste ano, se tenha considerado que a participação de Wilhelm tinha sido “chave” no suposto esquema.