Andre Gelfi, fundador do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), anunciou o encerramento do mandato de diretor-presidente, cargo que ocupava desde março de 2023.
O IBJR, que recentemente completou dois anos, participou ativamente de discussões com o Governo e com o Congresso que envolviam a regulamentação das apostas, destacou Gelfi.
Além disso, o então diretor-presidente do IBJR reforçou que o Instituto foi um dos primeiros a estabelecer compromisso com o Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária (CONAR).
“Expandimos nosso quadro de membros e, acima de tudo, conseguimos iniciar esse novo mercado regulamentado com uma diretoria eleita, preparada para tornar o IBJR ainda mais forte, representativo e atuante na defesa do jogo responsável e no combate ao jogo ilegal”, comentou Gelfi no LinkedIn.
Gelfi ressaltou, ainda, que a nova diretoria terá o papel de apoiar Fernando Vieira, diretor executivo do Instituto desde outubro do ano passado, “que estará à frente do dia a dia e da condução do IBJR daqui para frente”.
Ontem, 5, o SBC Notícias Brasil conversou com Vieira sobre o papel do IBJR no mercado regulamentado, a atuação do Instituto em colaboração com o Ministério da Fazenda, essa mudança na diretoria do IBJR, o SBC Summit Rio, que Vieira esteve presente, entre outros tópicos relevantes à indústria.
Segundo Vieira, quando questionado sobre o papel do IBJR no mercado regulamentado, “o Instituto continua com o objetivo de trabalhar com o ecossistema de apostas sustentável e responsável, que possa garantir não só a segurança de um ambiente justo de negócios para operadores, mas também a proteção de apostadores”.
Para ele, antes do mercado regulamentado entrar oficialmente em vigor, o IBJR serviu como base de informação, colaborando com a construção da regulamentação das apostas no país.
Vieira também destacou que o IBJR visa continuar contribuindo com a regulamentação a partir do combate ao mercado ilegal e da promoção do jogo responsável – incluindo a proteção de jogadores, a promoção da educação financeira de apostadores, ressaltando que apostas são apenas entretenimento, e a defesa de um código publicitário responsável e ético, protegendo os grupos mais vulneráveis e menores de idade.
Em relação à atuação do IBJR em parceria com o Ministério da Fazenda, o diretor executivo do Instituto afirmou que a regulamentação é um assunto novo no Brasil – além das leis terem entrado em vigor oficialmente este ano, a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) possui apenas um ano desde que foi fundada. Para ele, a participação do IBJR foi muito importante na construção da regulamentação.
Vieira reforçou que o mercado ainda é muito novo e, consequentemente, é muito cedo para “ter algum diagnóstico”.
No entanto, apesar de afirmar que a legislação envolvendo as apostas tem necessidades e condições para melhorar, Vieira comentou que a regulamentação foi muito bem-feita e que o IBJR continua com o objetivo de trabalhar para a aplicação da mesma junto às autoridades, a fim de “construir esse mercado de maneira sustentável e responsável”.
Vieira também destacou que, atualmente, o IBJR representa cerca de 75% do mercado de apostas no Brasil, afirmando que o Instituto cresceu em termos de representatividade. O diretor executivo do IBJR concordou que a criação do Instituto foi um “marco” para a indústria das apostas no país. Para Vieira, a nova diretoria reforça o compromisso do Instituto com a regulamentação e com as boas práticas de jogo responsável.
“Esse reforço, com experiências trazidas por operadores do mundo todo dos principais players, é um ganho para o mercado, é um ganho para o Instituto e é uma troca de experiências muito rica entre todos os participantes do Instituto, da sociedade e do próprio governo”, afirmou Vieira.
O diretor executivo do IBJR comentou que o mercado brasileiro é muito desafiador. Segundo Vieira, o Brasil possui elementos de uma regulamentação nova e há muita informalidade que, para o especialista, pode ser, inclusive, uma questão cultural.
“Nesse mercado, eu acredito que é mais importante ainda essa questão da informalidade, de combater o mercado ilegal, porque você está tratando com questões que podem realmente afetar o comportamento das pessoas. Só quem estiver dentro do mercado regulamentado estará protegido pela legislação”, disse o diretor executivo do IBJR.
Para Vieira, o “operador que consegue prosperar no mercado brasileiro, com todas essas dificuldades, praticando o jogo responsável, eu acho que ele tem condições de prosperar em qualquer país do mundo”.
O diretor executivo do IBJR disse, ainda, que o Brasil é uma potência regional e pode se tornar em um grande sucesso mundial – devido ao tamanho do país e à própria regulamentação.
Vieira também comentou a questão dos cassinos físicos no Brasil: “Se existe a prática [do jogo], é importante que ela seja regulamentada”, ressaltando que o IBJR acredita que a regulamentação é sempre o melhor caminho. Assim, o governo poderá fazer o papel de fiscalização e de controle da atividade.
IBJR participa do SBC Summit Rio 2025
Nas redes sociais, Vieira comentou a segunda edição do evento da SBC voltado ao mercado brasileiro: “Encerro, hoje, minha participação no SBC Summit Rio 2025, o primeiro grande evento do setor de apostas on-line desde a entrada em vigor da regulamentação”.
Em exclusividade ao SBC Notícias Brasil, Vieira disse: “Eu fiquei muito impressionado com a magnitude do evento, com o tamanho do que o setor de apostas representa no Brasil”.
Para o diretor executivo do IBJR, é muito importante ter a oportunidade de networking, de interação, de troca de informações e de fazer negócios, como o SBC Summit Rio proporcionou.
Vieira acrescentou: “Para o IBJR foi muito interessante ter participado dessa feira. Nós ampliamos nossos contatos com muitos operadores, e acho que o SBC Summit Rio permitiu o próprio Instituto ter uma visualização melhor do mercado e uma oportunidade excelente para o Instituto abrir as portas para operadores licenciados participarem de uma instituição séria”.
“Eu espero que seja o primeiro de muitos que irei participar”, concluiu Vieira.
