Na última sexta-feira, 13, a Optimove divulgou o relatório ‘Optimove Brazil Gaming Pulse’, que analisou o comportamento de milhões de jogadores brasileiros e comparou o país a mercados globais de apostas on-line.
A empresa observou dados de mais de 5,5 milhões de jogadores do Brasil e cerca de 30 milhões de usuários de diferentes lugares do mundo, a fim de estabelecer comparativos de desempenho da indústria de apostas esportivas e de jogos on-line.
Segundo o relatório, os brasileiros depositam menos – o valor médio de depósito no Brasil é de US$ 142, referente a maio deste ano, queda de 5% em relação ao mesmo período do ano passado e quase de 50% abaixo da média global (US$ 282).
No último ano, “a média brasileira foi de US$ 148, enquanto os depósitos globais se mantiveram relativamente estáveis”.
As apostas em cassinos on-line também ficaram abaixo da média mundial. Enquanto jogadores globais apostaram quase US$ 2.500 no período analisado, os brasileiros apostaram US$ 489.
As apostas em cassinos on-line cresceram, em escala global, 22% em relação a 2024. O mercado brasileiro, no entanto, apresentou aumento de 17% – após queda de 65% em janeiro deste ano.
O setor esportivo apresentou US$ 312 como valor médio mensal apostado, inferior à média global de US$ 466.
“O número de apostadores esportivos brasileiros apresentou tendência volátil, encerrando o mês de maio com crescimento de 102%, enquanto o crescimento global ficou em 99%”, afirmou a Optimove no documento.
No entanto, o Brasil possui jogadores mais engajados que o restante do mundo. De acordo com o relatório, o país “superou consistentemente os mercados globais em termos de engajamento dos usuários”. Dados da Optimove indicaram que os jogadores locais registraram 13,9 dias de atividade por cliente, cerca de 86% acima da média global (7,5 dias).
“Essa diferença aumentou significativamente a partir de janeiro, refletindo maior fidelidade e recorrência na plataforma”, afirmou a empresa.
Além disso, a partir de fevereiro de 2025, o Brasil superou o mercado global em relação às taxas de retenção. Em maio, o mercado nacional registrou taxa de retenção de 80% – acima da média global (66%), que se manteve estável ao longo do ano (entre 66% e 71%).
“O potencial do Brasil está em explorar esse público engajado por meio de estratégias de monetização direcionadas, ao mesmo tempo que busca reduzir a diferença em relação ao gasto médio e volume de apostas”, analisou a Optimove no relatório.
E concluiu: “Embora o Brasil continue atrás dos padrões globais em valores de depósito e de volume de apostas, o país se destaca em engajamento e em retenção. O aumento dos dias de atividade e as taxas de retenção mais altas indicam uma transição para uma base de jogadores mais leal e qualificada”.
