Após saída do Reino Unido, Stake deve focar no Brasil e na Itália

Após anunciar oficialmente sua saída do mercado do Reino Unido no início desta semana, a Stake anunciou que se concentrará em suas operações na Itália e no Brasil, como reportado pelo site-irmão do SBC Notícias Brasil, o SBC News.

A casa de apostas e cassino, que pertence ao Easygo, divulgou um comunicado destacando esses pontos após a Comissão de Jogos do Reino Unido (UK Gambling Commission [UKGC]) confirmar que a TGP Europe encerraria o site da Stake no Reino Unido.

Um porta-voz da Stake afirmou: “A Stake tomou uma decisão estratégica, em comum acordo com a TGP Europe, para sair dos acordos de white-label e focar na obtenção de licenças locais por meio de nossa própria plataforma e operações, expandindo nosso crescimento em mercados regulamentados-chave, como nossas recentes expansões para Itália e Brasil”.

Dois mercados principais, duas estratégias de marketing

Segundo um porta-voz da empresa, o Brasil é um mercado essencial para a Stake. As organizações esportivas brasileiras têm liberdade para firmar acordos de patrocínio com casas de apostas dentro das novas regulamentações do setor, mas devem seguir requisitos específicos de jogo responsável, proteção ao jogador e integridade esportiva.

A Stake mantém parcerias com o Esporte Clube Juventude, da Série A do Campeonato Brasileiro, desde janeiro do ano passado, e com o popular campeão peso meio-pesado do UFC, Alex Pereira.

Como o Brasil foi definido como um foco central para a empresa no futuro, mais acordos de patrocínio podem estar no horizonte. A alta competitividade do novo mercado brasileiro pode tornar essa possibilidade ainda mais provável.

Com mais de 200 sites de apostas licenciados para operar no Brasil, diferenciar-se da concorrência é fundamental, e os patrocínios esportivos são uma das formas mais eficazes de alcançar esse objetivo, assim como acontece em mercados mais consolidados, como o Reino Unido.

Já na Itália, a estratégia de marketing da Stake precisará seguir um caminho diferente. A empresa estabeleceu sua presença no país no ano passado ao adquirir a Idealbet, uma empresa local de destaque, e agora considera o mercado italiano uma prioridade.

No entanto, as regras de patrocínio na Itália são mais rígidas. Parcerias entre casas de apostas e times esportivos são proibidas, levando algumas operadoras a optarem por acordos de “infotenimento” entre suas holdings de mídia e clubes. Enquanto a Stake busca maior visibilidade na Itália, uma parceria desse tipo envolvendo a Idealbet pode estar nos planos da empresa.

Em outras notícias, a empresa-mãe da Stake, a Easygo, adquiriu a operadora dinamarquesa VinderCasino no mês passado, seguindo movimentos semelhantes na Colômbia, Peru, Brasil e Itália. A empresa também possui licenças no Canadá (Ontário), México e Paraguai. O Diretor de Estratégia, Brais Pena, disse recentemente à revista SBC Leaders que há mais novidades previstas para 2025.

O analista da Regulus Partners, Paul Leyland, comentou: “A Stake cresceu tanto que agora praticamente precisa operar de forma regulamentada. Quando se quer expandir e capitalizar, não é possível listar a Stake na bolsa ou vendê-la sem um volume crítico de licenças”.