A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ‘Bets’ adiou o depoimento do sócio da Pinbank Brasil, Carlos de La Cruz Hyppolito, e de Anderson Cicotoste, diretor-executivo da empresa. Os depoimentos estavam agendados para esta quarta-feira, 7. Com isso, o encontro teve caráter estritamente deliberativo.
O senador Dr. Hiran (PP-PR), presidente da comissão, acolheu de maneira parcial o requerimento da defesa dos convocados, que justificaram a ausência afirmando que ambos estão no momento fora do país. Com isso, os depoimentos ficaram agendados para o dia 20 de maio de 2025.
A CPI também aprovou a convocação dos influenciadores digitais Giliard Vidal dos Santos e Luiz Ricardo Melquiades, que depuseram nesta quinta-feira, às 10h30.
Além da presença de Giliard como testemunha, os senadores aprovaram também o pedido de relatório de inteligência financeira (RIF) sobre o jovem. Giliard é filho da influenciadora Deolane Bezerra, investigada por lavagem de dinheiro pela Polícia Civil de Pernambuco.
Luiz Ricardo Melquiades, também conhecido como Rico Melquiades, também foi convocado como testemunha, e, de acordo com a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), deverá esclarecer seu envolvimento em investigações policiais relacionadas a apostas.
“A convocação é justificada em razão de seu envolvimento na Operação Game Over 2, deflagrada pela Polícia Civil de Alagoas, que apura a promoção irregular de jogos de azar online por meio de influenciadores digitais», explicou Thronicke.
CPI das Bets foi prorrogada
No último dia 30 de abril, a CPI das Bets foi prorrogada por mais 45 dias, e terá até o meio de junho para concluir suas investigações.
A solicitação partiu do presidente da CPI, senador Dr. Hiran, e foi formalizada a tempo de evitar o encerramento das atividades da comissão, que estava previsto para o mesmo dia.
Embora a relatora da comissão, senadora Thronicke tenha pleiteado uma prorrogação de 130 dias, o entendimento entre as lideranças do Senado foi por um prazo menor. Soraya argumentou que os trabalhos da CPI foram interrompidos por mais de dois meses no início do ano, o que teria comprometido o avanço das investigações.
Com o novo prazo, a expectativa é de que o colegiado intensifique oitivas, quebras de sigilo e análise de documentos que estão em andamento.
