Enjoy confirma que recebeu três propostas para vender operações

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A Enjoy informou à Comissão do Mercado Financeiro (CMF) do Chile que recebeu ofertas para vender seus diversos ativos na América do Sul. Embora tenha explicado que “todas possuem um carácter não vinculativo”, declarou que analisa as abordagens que viriam, segundo a imprensa local, de uma gigante internacional de jogos.

Segundo a operadora, a Enjoy já teria recebido manifestações de interesse e ofertas para seus diversos cassinos, hotéis e ativos imobiliários. Por esse motivo, está avaliando as propostas – e só avançaria após realizar a devida diligência do caso.

Embora a Enjoy não tenha revelado a identidade dos interessados, ​​“dado que se trata de ofertas não vinculativas”, o portal La Tercera indicou que seria a empresa mexicana Logrand Entertainment Group. O jornal chileno citou que as informações teriam chegado a partir de “fontes próximas da empresa” e que a Enjoy estava avançando no assunto com o grupo no ano passado.

Há, ainda, outros dois interessados ​​em adquirir a operação da Enjoy em Punta del Este, para assumir o popular cassino homônino, cuja licença a empresa detém até 2036.

Esteban Rigo-Righi, gerente-geral da Enjoy, explicou que quaisquer desenvolvimentos futuros “estarão sujeitos à proposta conforme for apresentada pela empresa no âmbito do processo de recuperação judicial”.

“Nesta data, não é possível determinar os efeitos financeiros que a eventual execução de uma ou mais das ofertas não vinculativas poderá possuir nos ativos, nos passivos e nos resultados da Enjoy”, acrescentou Rigo-Righi.

Reorganização financeira da Enjoy

No início do ano, a Enjoy anunciou um processo de reorganização financeira e gerou uma rápida reação do mercado. Após a declaração, as ações da empresa caíram até 60% e atingiram um mínimo de US$ 0,35 por ação. Embora no fechamento de terça-feira o valor tenha subido para US$ 0,524 por ação, a queda representou uma desvalorização de 40,11%.

O episódio acontece a partir da divulgação de um novo processo judicial, apenas dois anos após a conclusão vitoriosa do anterior. O efeito da notícia foi semelhante ao daquela reorganização, que gerou uma queda de 32,98% quando foi veiculada.

A Enjoy havia enviado a devida documentação à Comissão do Mercado Financeiro (CMF) do Chile, a fim de informar que não consegue pagar seus credores com os fluxos de dinheiro que terá nos próximos meses. Dada à situação financeira, a empresa determinou a necessidade de passar por um novo processo de reorganização financeira para se reorganizar.

Sobre o desenvolvimento após o bem-sucedido processo de reorganização concluído em 2022, a empresa explica que foram traçadas metas que não estavam à altura da recuperação da indústria. A Enjoy culpa “o atraso no levantamento das medidas sanitárias”, além do “aumento significativo da inflação”.