Ações da Enjoy caem após anúncio de reorganização financeira

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A Enjoy anunciou um processo de reorganização financeira nesta semana e gerou uma rápida reação do mercado. Após a declaração, as ações da empresa caíram até 60% e atingiram um mínimo de US$ 0,35 por ação.

Embora no fechamento de terça-feira o valor tenha subido para US$ 0,524 por ação, a queda representou uma desvalorização de 40,11%.

O episódio acontece a partir da divulgação de um novo processo judicial, apenas dois anos após a conclusão vitoriosa do anterior. O efeito da notícia foi semelhante ao daquela reorganização, que gerou uma queda de 32,98% quando foi veiculada.

O processo de reorganização da Enjoy

A Enjoy enviou a devida documentação à Comissão do Mercado Financeiro (CMF) do Chile, a fim de informar que não consegue pagar seus credores com os fluxos de dinheiro que terá nos próximos meses. Dada à situação financeira, a empresa determinou a necessidade de passar por um novo processo de reorganização financeira para se reorganizar.

Sobre o desenvolvimento após o bem-sucedido processo de reorganização concluído em 2022, a empresa explica que foram traçadas metas que não estavam à altura da recuperação da indústria. A Enjoy culpa “o atraso no levantamento das medidas sanitárias”, além do “aumento significativo da inflação”.

Durante o anúncio, a empresa confirmou a renúncia de Eliseo García ao cargo de gerente-geral da Enjoy.

“Em sessão ordinária do Conselho realizada [no dia 29 de janeiro], o senhor Eliseo García Martínez apresentou sua renúncia voluntária a partir desta data, para assumir novos desafios profissionais”, declarou a empresa.

Quem assumiu o cargo interinamente foi Esteban Rigo-Righi, que teve de explicar os motivos do processo judicial.

“Estima-se que essa é a melhor alternativa para dar sustentabilidade à sociedade e para criar novas bases para projetá-la adequadamente no futuro, especialmente considerando o bem-estar dos colaboradores, clientes, fornecedores e credores”, disse Rigo-Righi, segundo o portal Diario Financiero.

A empresa não teve a recuperação esperada após a pandemia e precisou suspender alguns projetos de expansão: “A Enjoy enfrentou complexidades maiores do que inicialmente previsto”, disse Rigo-Righi.