A Enjoy, operadora internacional de cassinos, confirmou o aprofundamento da crise financeira que enfrenta. Segundo a empresa, as perdas triplicaram e atingiram 25,73 bilhões de pesos chilenos no primeiro trimestre.
O valor representa uma variação de 240%, depois de ter registado 7,58 bilhões no mesmo período de 2023. Conforme explicado, a situação deve-se ao processo de recuperação judicial iniciado no final de janeiro.
A Enjoy registrou uma queda no lucro operacional bruto (Ebitda) em mais de 60%, registrando 4,1 bilhões de pesos – 10,4 bilhões no ano anterior. A operadora também explicou que seus custos financeiros aumentaram quase 28%, depois de passarem de menos de 17,48 bilhões de pesos chilenos para 22,08 bilhões.
Outro fator que influenciou o aumento das perdas da operadora foi a diferença cambial, que após a valorização do dólar norte-americano atingiu -4,65 bilhões. Essas causas ofuscaram a estabilidade das receitas da Enjoy, que aumentaram apenas 20 milhões de pesos – depois de atingirem 94,34 bilhões de pesos no primeiro trimestre.
“As vendas de todas as nossas operações cresceram 1,4% (incluindo a operação de Antofagasta), mesmo considerando os impactos negativos resultantes do incêndio de fevereiro na região de Valparaíso”, disse Esteban Rigo-Righi, gerente geral da Enjoy.
“No Chile, as receitas do jogo cresceram 2,8% contra uma queda de 1,3% no resto da indústria, o que nos permite continuar recuperando a quota de mercado. Ainda que o efeito do incêndio fosse eliminado, teríamos obtido um crescimento significativo de rendimentos de 4,8% de janeiro a março”, observou Rigo-Righi.
A empresa explicou a queda nas receitas das atividades ordinárias especificamente no Chile, em que caíram 4%: “[É] principalmente devido à redução de 4,85 bilhões de receitas de jogo da Enjoy Antofagasta, que não foram consolidadas e são substituídas por receita de aluguel, proporcionando maior margem, e menor receita de 994 milhões no Enjoy Viña del Mar em decorrência do incêndio ocorrido em fevereiro deste ano na Região V, que implicou restrições de funcionamento e horário de funcionamento durante várias semanas do ano mês”.
Além disso, a Enjoy disse que “os avanços [nas receitas] não são suficientes para preencher a importante lacuna de resultados gerada pelas novas Ofertas Econômicas anuais que foram comprometidas em 2017, que no primeiro trimestre totalizaram € 14,41 bilhões. Essas tiveram um efeito negativo particularmente importante nas operações de Viña del Mar, de Coquimbo e de Pucón, em que começamos a pagar esses montantes há alguns anos, após a importante mudança gerada pela pandemia em um mercado mais contraído e com inflação elevada”.
