A instituição de caridade e apoio ao jogo, GamCare, lançou hoje, 7, um relatório destacando novas maneiras que bancos do Reino Unido podem proteger seus usuários contra os danos causados pelo jogo.
O Projeto Dano Financeiro Relacionado ao Jogo foi estabelecido em 2019, e é uma iniciativa intersetorial para compartilhar conhecimentos, desenvolver recursos e capacitar empresas a apoiarem clientes afetados pelos danos do jogo.
A instituição está incentivando mais bancos a encaminhar, de maneira proativa, clientes em risco para especialistas de apoio a jogadores, incluindo serviços como a Linha de Apoio Nacional ao jogo. Isso deve ser feito quando os dados de transação indicarem que o jogo do cliente pode estar se tornando prejudicial e insustentável.
Os bancos também podem direcionar esquemas de autoexclusão, como o GAMSTOP, e softwares de bloqueio, como o Gamban. “No ano passado, 72% das pessoas que entraram em contato com a Linha de Apoio Nacional ao Jogo relataram dificuldades financeiras. Os bancos estão particularmente bem posicionados para detectar práticas de jogo prejudiciais e insustentáveis por meio de extratos bancários e dados de transações, e fornecer um suporte mais direcionado aos seus clientes.” afrmou Raminta Diliso, gerente de Dano Financeiro da GamCare.
“No Santander, acreditamos que o banco, embora não seja responsável, tem um papel a desempenhar na prevenção de danos causados pelo jogo. Criamos uma série de intervenções, incluindo cartas e mensagens de texto, para fornecer orientação oportuna para clientes em risco de prejuízo financeiro devido ao seu jogo”, completou Graeme Cuming, gerente de Estratégia para Clientes Vulneráveis do Santander.
Jogo responsável no Brasil
O tema de jogo responsável no Brasil vem sendo tratado com bastante cuidado pelo governo federal. Em agosto, a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) publicou, no Diário Oficial da União (DOU), a Portaria nº 1.231, que estabelece regras e diretrizes para o jogo responsável e para as ações de comunicação, de publicidade e propaganda e marketing.
Em setembro, o governo também anunciou a criação de três campanhas de conscientização contra o vício em apostas.
Regis Dudena, da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) no Ministério da Fazenda, em entrevista ao GLOBO, disse na ocasião que as “campanhas educativas que a gente está construindo tanto aqui na Fazenda, quanto junto a nossos regulados (as empresas). Haverá um reforço bastante grande com a atuação em conjunto com o Ministério da Saúde para a fase de conscientização”.
