Cibelae informa que Loterias Caixa poderá operar apostas esportivas no Brasil

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A diretora-presidente da Loterias Caixa, Lucíola Aor Vasconcelos, conversou com a Corporación Iberoamericana de Loterías y Apuestas del Estado (Cibelae) sobre as perspectivas do mercado brasileiro com a regulamentação de apostas esportivas e de jogos on-line e garantiu que o banco nacional espera fazer parte da indústria.

Segundo Vasconcelos, embora o banco esteja focado em desenvolver o setor de loterias e em melhorar as contribuições públicas para setores vulneráveis no Brasil, possui interesse em se lançar no mercado de apostas esportivas, que promete ser altamente rentável devido à cultura local. 

“Estamos acompanhando de perto o desenvolvimento da regulamentação do Ministério da Fazenda e manifestamos o nosso interesse em participar das apostas esportivas. Estamos prontos para passar pelo processo de qualificação e de requisitos”, garantiu Vasconcelos.

Na entrevista à Cibalae, a diretora-presidente sustentou que o “princípio fundamental é operar as loterias de forma que promova o desenvolvimento social do país”, já que o foco está no impacto social. Atualmente, 50% das receitas geradas pelos jogos e sorteios são destinados a programas sociais em áreas-chave, como segurança social, cultura e esporte.

O banco nacional tem patrocinado projetos esportivos “com forte foco no desenvolvimento comunitário”, relação com as apostas esportivas que poderá, também, gerar maiores incentivos à indústria.

Cibelae: os desafios da Caixa no novo mercado

Durante a entrevista com a principal organização de loterias da América Latina, Vasconcelos abordou os novos desafios que estão aparecendo com a regulamentação no país.

Em princípio, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), ficou estabelecido que cada estado poderia ter sua própria rede lotérica, com exceção do monopólio da Caixa no mercado nacional. Posteriormente, o país entrou em um processo de regulamentação de apostas esportivas e de jogos on-line, ampliando as ofertas de entretenimento ao público.

Em relação a isso, a especialista destacou que o foco é o desenvolvimento, assim como o investimento e a captação, para conseguirem se manter relevantes em um mercado “cada vez mais competitivo”. As estratégias são um maior investimento em tecnologia e em captação para garantir uma experiência de cliente de primeira classe e uma oferta de produtos e de serviços competitiva. 

“Colocamos grande ênfase no desenvolvimento tecnológico nos últimos meses, contratando especialistas do mercado para assegurar que possamos competir em igualdade de condições com os nossos rivais”, observou Vasconcelos.