Ana Moser, ministra do Esporte, voltou a dissertar sobre considerar – ou não – os esportes virtuais (eSports, em inglês) como um esporte, uma vez que acredita que a atividade não possui “movimento”. Em uma entrevista ao Esporte Espetacular, Moser posicionou-se e disse que os esportes virtuais são apenas uma forma de entretenimento.
“Hoje, efetivamente, não é esporte. Isso é um processo que independe de mim. Dentro do fenômeno, a área esportiva tem um formato que tem a questão do movimento. O esporte é movimento, isso é um fenômeno biopsicossocial, e o bio é muito importante. Como fenômeno científico, biológico, ele tem o movimento”, disse a ministra, ex-jogadora profissional de vôlei.
Em janeiro deste ano, em entrevista à UOL, Moser havia dito que os esportes virtuais no Brasil são uma “indústria do entretenimento” e descartou que a atividade possa ser classificada como um esporte.
“A meu ver, o esporte eletrônico é uma indústria de entretenimento, não é esporte. O que você fez foi se divertir, você não praticou esportes. ‘O pessoal treina para fazer’. Sim, treina, assim como a Ivete Sangalo também treina para dar show e ela não é uma atleta da música. Ela é uma artista que trabalha com entretenimento. O jogo eletrônico não é imprevisível, ele é desenhado por uma programação digital, cibernética”, declarou Moser.
O Comitê Internacional Olímpico (IOC), contrário à posição de Moser, aproxima-se dos eSports. Entre os dias 22 e 25 de junho, o IOC organizará a primeira Semana Olímpica de eSports em Cingapura, transmitindo a competição ao vivo.
“A Série Esports Olímpicos (SEO) é uma competição esportiva global e virtual simulada. Criada pelo IOC, e em colaboração com Federações Internacionais do Esporte (FIs) e editoras de jogo”, detalha IOC em seu site oficial.
