MP-GO investiga mais 14 jogos sob suspeição de fraude em apostas

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Além das já investigadas e com processos finalizados, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) investiga outras 14 partidas de futebol por suspeita de fraude em apostas esportivas.

Embora na primeira fase da operação Penalidade Máxima o órgão tenha colocado sob seu radar 21 jogos disputados entre setembro de 2022 e fevereiro deste ano, o número pode aumentar com os novos envolvidos, incluindo 11 partidas da Série A do Brasileirão e outras três de campeonatos estaduais.

Segundo o MP-GO, as novas suspeitas surgem de menções a esses encontros nas conversas mantidas pelas partes envolvidas no caso das apostas esportivas em seus seus celulares.

O caso abrange diversos jogadores profissionais que receberam dinheiro para realizar, deliberadamente, ações de fraude durante partidas oficiais e, assim, favorecer os responsáveis ​​pelo esquema criminoso.

A mais popular das apostas foi as em cartão amarelo, já que o MP-GO detectou pelo menos 11 casos de jogadores cometendo infrações para receber cartão amarelo propositalmente. Isso foi admitido perante o órgão judicial por Bryan García, meio-campista do Athletico Paranaense, que foi repreendido em poucos segundos ao entrar na disputa contra o Fluminense, em setembro de 2022 – García foi afastado do time.

Recentemente, o meia Marcus Vinícius Alves, conhecido como “Romário”, tornou-se o primeiro jogador de futebol condenado pela Justiça brasileira por fraude em apostas esportivas e foi expulso do esporte permanentemente. O agora ex-jogador foi condenado sob a acusação de ter colaborado com “máfias de apostas” para manipular os resultados dos jogos do clube Vila Nova.

O companheiro de time, Gabriel Domingos, também foi considerado culpado de participação, mas não foi excluído da modalidade – o atleta foi suspenso do futebol por 720 dias, devendo ser multado em R$ 40 mil. Ambos os jogadores poderão recorrer da decisão para tentar retomar a carreira no esporte.

O presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, foi o responsável pela primeira denúncia, declarando ter sido alertado pelos organizadores do esquema sobre a participação de Romário na fraude.