O Botafogo anunciou um novo acordo com o Parimatch Apostas, tornando-se o patrocinador principal do clube carioca nas próximas duas temporadas.
O time brasileiro está passando por uma reestruturação de sua sociedade anônima e recebe um incentivo primordial a partir da parceria, que envolve aproximadamente 30 milhões de reais por temporada.
O Parimatch, com sede no Chipre, não está presente no Brasil, mas busca ganhar exposição com o logo da marca no uniforme de um dos maiores clubes de futebol do país. O operador de cassino fechou o acordo após oferecer quase que o dobro do valor previamente ofertado pelo Blaze, antigo patrocinador do Botafogo. Blaze havia proposto uma renovação de contrato de 16 milhões de reais por temporada.
O Parimatch já possui diversos acordos de patrocínio esportivo na Europa com os clubes Chelsea, Newcastle, Aston Villa e Leicester City, da Premier League.
As apostas esportivas no Brasil
O Brasil ainda não possui legislação para regulamentar a operação de casas de apostas esportivas. O ex-presidente Jair Bolsonaro não assinou o Projeto de Lei aprovado no Congresso Nacional antes do prazo estabelecido (12 de dezembro). Ao perder as eleições no ano passado, deixou a responsabilidade para o novo Chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva, empossado no dia 1º de janeiro.
Diante da falta de regulamentação, as empresas internacionais têm operado do exterior, mas procuram conquistar a confiança – um fator-chave para o desenvolvimento de uma atuação sólida na América Latina – dos brasileiros por meio de acordos de patrocínio com times esportivos a fim de que os jogadores vejam que, se uma instituição confiável se associa a grandes clubes, significa que as operações são sólidas.
De acordo com a H2 Gambling Capital, o mercado de apostas esportivas no Brasil valerá cerca de 3,4 bilhões de dólares por ano até 2027, caso seja regulamentado o mais rápido possível. Enquanto isso, continua a gerar milhões de dólares por ano, mas na ausência da organização tão esperada do setor, não há números oficiais.
Como se não bastasse, o Brasil perdeu a oportunidade de possuir uma indústria legalmente estabelecida antes da Copa do Mundo do Catar 2022, que registrou recordes de apostas em todo o mundo – no Brasil, certamente houve milhões de apostas realizadas, ainda que sem o controle do governo.