SBC Summit e as tendências de caça-níqueis: “clássicos são clássicos por uma razão”

caça-níqueis

Engajar jogadores em um mercado de cassino on-line cada vez mais competitivo está no topo da lista de prioridade de todo desenvolver de jogo.

Esse sentimento foi ecoado durante o SBC Summit, realizado na última semana em Lisboa. Especialistas da indústria examinaram as ultimas tendências na indústria de caça-níqueis, com o objetivo de entender o que leva um jogo a engajar o jogador atualmente.

Liderando o painel: “Slots Trends: Designing for the Future Player” estava Laura Petrauska, Chefe de Cassino da Bet99, que desafiou os participantes a nomear seus jogos favoritos em um esforço para descobrir suas próprias preferências.

Em meio a gritos por jogos de vários fornecedores internacionais, assim como caça-níqueis de marca como os lançamentos de Rick And Morty da Blueprint, Myke Foster, Chefe de Jogos e Estratégia Comercial do Fortuna Entertainment Group, desviou sua atenção dos caça-níqueis.

Talvez sugerindo uma tendência contínua dos jogadores de cassino on-line modernos, que, segundo ele, buscam experiências diferentes, Foster revelou ser um grande fã de plink, afirmando: “Eu amo plink. Acho que é um produto incrível”.

“Estou realmente gostando do que os provedores estão fazendo com as mecânicas extras, dando um pouco mais de valor percebido para o cliente, tornando a sessão um pouco mais envolvente, tendo um esforço maior para mantê-los engajados”, completou.

Enquanto isso, Aaron Magpayo, CFO (diretor financeiro, em tradução livre de Chief Financial Offer) da Playnetic, afirmou que os jogos que ele admira geralmente oferecem “fortes experiências de integração para o jogador”, sugerindo que uma varidade de recursos pode ser importante, pois “não se trata apenas de payways, trata-se de envolver os jogadores em todos os aspectos”.

A conversão então se voltou para o que os jogadores de cassino-online atuais estão procurando em suas experiências de jogo, o que fez com que o CCO (Diretor de Comunicações, em tradução livre de Chief Communications Officer) da Playson, Vsevolod Lapon, enfatiza-se a necessidade de os fornecedores que sejam claros, e não confusos.

“Primeiramente, os jogadores estão procurando clareza”, afirmou. “Quando seu dinheiro está em jogo, você quer entender o processo que vai desde o pagamento até a vitória, você quer ver esse potencial”.

Lapin então sugeriu que a “persistência percebida” é um fator cada vez mais importamente no mercado de hoje, com alguns jogadores gostando de jogos que lhe dão uma ideia de quando o próximo recurso chegará para melhorar sua jogabilidade.

Ele acrescentou: “Os seres humanos procuram por histórias. Eles querem se conectar, isso tem um impacto. Então eu acho que uma das grandes tendências de hoje em dia é persistência percebida. Os jogadores querem ver como o possível ganho está se aproximando”.

O Dr. Eyal Loz, CPO (Diretor de produto, em tradução livre de Chief Product Officer) da Rubyplay entrou na conversa para explicar a importância de “não subestimar os clássicos”, descrevendo os jogos clássicos como “clássicos por um motivo”, devido a ideia de que “os jogadores enxergam padrões nos jogos, desenvolvem superstições e não querem largá-los tão rapidamente”.

Loz então detalhou como os jogadores de jogos baseados em habilidade estão tendo um aumento de popularidade dentro da indústria de caça-níqueis, com o apostador moderno desejando “ter algum elemento de controle”.

Combinando suas ideologias, Loz explicou que os estúdios precisam “tentar respeitar os clássicos ao mesmo tempo que traz uma inovação dentro deles”, enfatizando que isso é particularmente importante para o público moderno “que quer um pouco mais”.

Fornecendo a perspectiva do afiliado sobre as preferências do jogador, Jekaterina Dubnicka, gerente de Marketing e Comunicações da Slotsjudge, explicou que jogadores individuais são atraídos por jogos de perfis muitos diferentes, causando algumas dificuldades para descobrir o que de fato os jogadores querem.

Dubnicka destacou que alguns jogadores são atraídos por títulos clássicos com tema de frutas e alguns consideram os jogos ‘Hold And Win’ como seus favoritos, enquanto outros estão exigindo algo novo, ecoando a noção de Loz sobre jogabilidade baseada em habilidade.

“É muito entender o que eles querem e o que eles desejam ver”, ela observou. “Então acredito que precisamos encontrar o equilíbrio entre todas as mecânicas, jogos e temas. Estar lá com o jogador, e sem ser insistente”.

Uma tendência que Dubnicka notou em lançamentos recentes é a admiração que os jogadores tem por caça-níqueis que apresentam personagens virais da internet e memes, sugerindo que “eles estão indo muito bem atualmente”.

Passando para outro tópico em alta na indústria iGaming, Petrauska perguntou aos participantes sobre suas opiniões sobre “uma fera sobre a qual estão todos falando” – a Inteligência Artificial -, questionando se os participantes apoiam ou não o uso de IA no design de jogos.

Tendo sido sondado sobre o assunto de IA, Loz declarou que “há três problemas”, sugerindo que a tecnologia “carece de conteúdo, profundidade e o elemento humano na sala”.

“Um caça-níquel é uma obra de arte”, afirmou Loz. “Você precisa do contexto entre os símbolos, entender como eles se comunicam, e a IA falha em fazer isso. Não se trata apenas de criar uma imagem bonita, mas sim de criar algo profundo do ponto de vista técnico”.

“A IA é uma ferramenta poderosa. Pessoas talentosas podem usa a IA para aumentar sua produção criativa em 100 vezes”, continuou. Apesar de admitir que “ela reduziu muito os custos”, ele afirmou que “os talentosos se tornam 100 vezes mais talentosos e os medíocres 100 vezes mais medíocres com a IA”.