Girão critica proposta que autoriza o funcionamento de bingos e de cassinos

Cassinos

Eduardo Girão (NOVO-CE) criticou o Projeto de Lei (PL) nº 2.234/2022, que autoriza o funcionamento de bingos e de cassinos, legaliza o jogo do bicho e permite apostas em corridas de cavalos. 

Para o senador, o documento, que estará em pauta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) desta quarta-feira, 5, não ajudará a gerar empregos, renda ou qualquer benefício ao turismo. 

“A volta dos bingos, dos cassinos e do jogo do bicho é simplesmente devastadora e vai privilegiar os magnatas de fora do país, inclusive”, afirmou Girão, acrescentando: “É a socialização do prejuízo para beneficiar o lucro de poucos. Quem vai pagar essa conta é o Brasil. O lobby é poderoso e quer porque quer enfiar goela abaixo, como se isso fosse prioridade do Brasil”.

Segundo a Agência Senado, Girão ressaltou, ainda, escândalos e corrupção durante o período em que os bingos operavam no Brasil, causando problemas sociais e econômicos – razão pela qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto proibindo a prática no país. 

Girão relatou ter visto, ao entrar em um cassino, uma senhora usando fralda. O senador afirmou que “a pessoa fica tão fissurada que ela não quer perder os minutos em que ela iria ao banheiro, para não perder o lugar naquele caça-níquel”, alegando que “tudo é feito para uma arapuca”. 

Legalização dos cassinos no Brasil

Nesta semana, a CCJ pode votar o PL 2.234/2022, que legaliza cassinos e bingos no Brasil. A Comissão irá realizar uma reunião amanhã, 5, para debater diferentes assuntos, incluindo a proposta que visa permitir jogos de azar no país.

Inicialmente, a votação foi adiada para que o tema fosse discutido em audiência pública. 

O PL autoriza a instalação de cassinos em polos turísticos ou em complexos integrados de lazer – como hotéis de alto padrão, com, pelo menos, 100 quartos, restaurantes, bares e espaços para reuniões e eventos culturais. 

O documento prevê a instalação de um cassino em cada estado e um no Distrito Federal, exceto em São Paulo, onde serão instalados até três cassinos, e em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, no Amazonas e no Pará, onde poderão funcionar até dois cassinos em cada estado.

O texto, se aprovado, seguirá para votação em Plenário.