Clubes que exigiram participar do processo de regulamentação das apostas somam dívida milionária ao Estado 

regulamentação das apostas

Semana passada, Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco da Gama, Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos reuniram-se em comunicado oficial para expressar “preocupação” a respeito do rumo legal que a indústria está seguindo no país, uma vez que as empresas de apostas são responsáveis pela maior parte da receita de marketing obtida na área.

De acordo com matéria publicada no portal Metrópoles, dos oito clubes autores da nota, três devem R$ 64 milhões aos cofres públicos: Vasco (R$ 51 milhões – R$ 36 milhões em pagamentos de FGTS e R$ 15 milhões em impostos federais), Palmeiras (R$ 9,5 milhões em repasses atrasados de FGTS e R$ 400 em impostos federais) e Botafogo (R$ 3 milhões em impostos federais).

Os clubes mencionados possuem acordos de patrocínio de valores elevados, embora o mercado de apostas brasileiro ainda não seja regulamentado. Com a aprovação do decreto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os operadores de apostas deverão possuir, pelo menos, uma filial no país e pagar R$ 30 milhões à União por uma autorização com validade de cinco anos.

MP de apostas deve arrecadar até R$ 15 milhões em impostos

Durante entrevista à Globo News, Fernando Haddad, ministro da Economia, afirmou que a regulamentação e, consequentemente, a taxação do setor de apostas esportivas pode gerar entre R$ 12 bilhões e R$ 15 bilhões ao Estado.

Originalmente, as autoridades esperavam que o setor de jogos de cassino na Internet pagasse cerca de R$ 6 bilhões aos cofres públicos, mas garantiram que corrigiram suas estimativas e, agora, o valor é equivalente, pelo menos, ao dobro da previsão inicial.

“É mais importante você dar sinal do rumo que tá perseguindo do que você fazer tudo agora e descompensar alguma coisa na economia”, disse Haddad.