A Comissão de Legislação Geral da Cidade de Córdoba, na Argentina, voltou a discutir a possibilidade de proibir o jogo on-line na capital da província de mesmo nome.
Historicamente, a cidade tem mantido uma proibição sobre os jogos físicos. No entanto, em relação à legislação para o formato digital, essa abordagem não foi adotada, e, até o momento, o setor segue operando.
Apesar dos projetos de lei que visavam proibições terem falhado na legislatura provincial, o Conselho Deliberativo retomou a discussão sobre a possibilidade de impedir a operação de sites de jogos on-lines e apostas esportivas na cidade.
Nesta semana, a comissão analisou uma proposta da oposição que busca proibir qualquer forma de jogos e apostas pela internet, utilizando qualquer dispositivo tecnológico. Além disso, o projeto estipula o bloqueio de sites de apostas em locais públicos municipais, escolas e centros de lazer municipais.
Além desse projeto de lei, a comissão também abordou outras duas propostas que preveem campanhas de prevenção contra o jogo patológico, com ênfase especial em menores de idade.
A reunião contou com a participação de Luis Lubeck, mentor educacional da organização não governamental Argentina Cibersegura, que destacou que o consumo problemático do jogo on-line por menores “deve ser tratado sob vários aspectos: os efeitos diretos, a promessa de dinheiro fácil, a cibersegurança, o acesso de menores a perfis falsos e o que eles podem estar expostos”.
“Os adolescentes acessam esses sites por meio de todas as opções oferecidas, seja por influenciadores digitais ou por eventos esportivos patrocinados por plataformas de jogos”, relatou Lubeck ao jornal Perfil.
“Do ponto de vista educacional, é possível bloquear o acesso por meio de palavras-chave e proibições a sites ilegais. Contudo, precisamos entender que os adolescentes, hoje, sabem navegar melhor do que os adultos, muitas vezes utilizando identidades falsas. Portanto, não basta apenas bloqueá-los; é preciso focar na conscientização”, alertou.