Nesta terça-feira, 8, a CPI das Apostas de Futebol recebeu os presidentes Andre Gelfi, do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), e Wesley Cardia, da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) para entender sobre a atuação das entidades e o formato de operação das casas de apostas.
Durante a reunião, temas relacionados à transparência nas operações, ao Compliance, ao combate à manipulação de resultados e ao jogo responsável foram abordados.
Gelfi destacou que o IBJR trata com responsabilidade o combate às fraudes e à manipulação de resultados, que considera “tão prejudicial às casas de apostas, assim como para a integridade do esporte, matéria-prima de nossa indústria. Sem a integridade, a atividade não existe. Para combater, o trabalho deve ser em conjunto entre empresas, governo e entidades”.
Gelfi ainda relembrou a parceria do IBJR com a International Betting Integrity Association (IBIA), a fim de buscar a integridade esportiva e combater a atividade ilegal.
Cardia reforçou: “Nossa intenção é trazer transparência e dar segurança aos apostadores, coibindo a manipulação de resultados. Temos os mesmos objetivos que os senhores [deputados] para uma atividade limpa e dentro de regras, inclusive quanto ao jogo responsável”.
O presidente da Associação afirma que o jogo legal não ajuda a incentivar as apostas, mas garante a segurança ao Estado e aos cidadãos. “A não regulamentação de uma atividade não é garantia de que ela não existirá. A hipótese do “não jogo” é utópica e irreal”, declarou Cardia.
Cardia também destacou que a manipulação não é exclusiva do Brasil e que diversos casos acontecem em diferentes países europeus, principalmente naqueles em que a regulamentação não foi muito bem elaborada para combater a prática.
Gelfi e Cardia reforçam a importância da regulamentação; porém, ambos os presidentes comentaram sobre a alta carga tributária a que os operadores estão sujeitos. Alegam que o conjunto de impostos (IR, PIS, Cofins e ISS) precisa ser reavaliado pelo governo para que os operadores sejam atraídos ao país.