Vice-presidente do Flamengo manifesta-se sobre regulamentação das apostas

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Prestes a ser regulamentado no país, o setor de apostas esportivas chama a atenção de instituições do cenário brasileiro. Diversos atores do mercado lançam suas opiniões sobre a situação atual, que está no limbo da constituição.

Rodrigo Dunshee, vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, compartilhou seu ponto de vista sobre a participação dos clubes de futebol no decreto que regulamentará a indústria. 

“Essa semana ficou claro que os clubes querem participar do processo que regulamentará as apostas desportivas no Brasil. O jogo só pode funcionar no país se o governo regular. Mas não basta isso, a nosso ver. As apostas se dão sobre nossos eventos esportivos, se utilizam de nossas marcas, símbolos, imagens, etc. Além disso, é nossa atividade que fica sujeita aos riscos colaterais maléficos”, disse Dunshee.

Em sua conta no Twitter, afirmou preocupação com a nova lei, dizendo que “precisa valer a pena para os clubes, senão podemos chegar à conclusão que não interessa. Me causa certo espanto ouvir algumas pessoas dizendo que o governo precisa canibalizar as marcas dos clubes contra a vontade deles, dando isso de graça para as empresas de apostas”. Acrescentou, ainda, que, hoje, “vale o ganha-ganha, e temos certeza de que vamos chegar a um bom termo”.

O comentário do dirigente do clube carioca é consequência de um comunicado oficial emitido pelos principais clubes de São Paulo e do Rio de Janeiro. Em nota, Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco da Gama, Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos exigiram participar do processo legislativo sobre o assunto.

“Surpreende aos Grandes Clubes do Eixo RJ x SP que a proposta de regulamentação se dê sem que os Clubes tenham sido consultados ou lhes tenha sido oportunizada voz para sugerir melhorias e adequações à Lei nº 13.756/2018, e sem a devida discussão”, destacaram os representantes no comunicado.

“É imprescindível que os Clubes de Futebol tenham participação direta nas discussões legislativas que envolvam a regulamentação da atividade das empresas de aposta eletrônica, permitindo-se que se posicionem de forma clara e pública acerca do que entendem justo e correto no tocante à referida regulamentação, visto que ninguém está autorizado a lhes representar nesse debate”, concluíram.