A Enjoy modificou a proposta de recuperação judicial que apresentou em 26 de junho. A menos de uma semana da próxima assembleia de credores, a administração da empresa anunciou as mudanças.
Esteban Rigo-Righi, gerente-geral da operadora internacional, explicou que a Enjoy acrescentou maior detalhamento e regulamentação à proposta original.
Rigo-Righi garantiu que, agora, “[a proposta] permite à empresa continuar a gerar valor, para que os seus credores possam recuperar as suas dívidas e manter a continuidade operacional da Enjoy e de suas subsidiárias”.
“A empresa poderá cumprir seus compromissos com trabalhadores, fornecedores, clientes, acionistas e comunidades onde está presente. Tudo isso por meio de diversos mecanismos, incluindo o adiamento e/ou a reestruturação de dívidas, a venda de ativos e a obtenção de novos recursos para a continuidade operacional, nos termos descritos no referido plano», conforme consta na proposta.
A venda dos ativos da Enjoy
O processo de venda da Enjoy ainda está em fase inicial, mas já conta com diversos interessados nos ativos. Segundo a imprensa chilena, a Logrand Entertainment, principal alvo como possível comprador nos últimos meses, tem interesse em adquirir posições da operadora.
Entretanto, as salas de Viña del Mar, de Coquimbo e de Pucón ficariam de fora da equação. Segundo o Diario Financiero, a empresa considera os preços pagos por essas licenças “estratosféricos”; portanto, seria mais rentável pagar as notas de garantia. Dessa forma, outras operadoras, como Dreams e Marina del Sol, teriam a oportunidade de investir.
Por outro lado, o cassino de Punta del Este, talvez o ativo mais relevante da Enjoy, é o que desperta maior interesse das empresas internacionais. Já existem negociações avançadas com cinco potenciais compradores, apesar de certas projeções negativas, relativas ao impacto da regulamentação dos jogos de azar no Brasil, existam.