Em junho deste ano, após o contrato entre a casa de apostas on-line VaideBet e o Corinthians ser encerrado, o clube notificou a empresa de apostas sobre o uso da logomarca do Corinthians em e-mails de divulgação.
Ainda, demonstrou discordância em relação à ativação da cláusula anticorrupção para a rescisão do contrato e solicitou a cobrança de uma dívida de R$ 6,4 milhões sobre o contrato vigente.
Segundo a ESPN, “o clube entende que há um saldo residual aberto em relação ao acordo de patrocínio máster”. No entanto, o Corinthians não obteve resposta da VaideBet.
O canal de esportes norte-americano informou que o clube avalia nova investida contra à plataforma devido à dívida e que representantes dos departamentos jurídico e financeiro do Corinthians estão analisando os detalhes dos pagamentos realizados pela VaideBet.
Além de avaliarem novas medidas contra a antiga patrocinadora, o clube paulista pode acionar a casa de apostas pela rescisão unilateral do contrato de patrocínio máster.
O clube possui prazo legal de cinco anos para levar o caso à Justiça. No momento, o Corinthians está aguardando a conclusão das investigações, que estão sendo conduzidas pelo Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) da Polícia Civil de São Paulo.
No contrato entre a empresa de apostas e o clube de futebol, havia a possibilidade de encerrar o acordo antecipadamente, por ambas as partes, por “inadimplemento, total ou parcial, de quaisquer das cláusulas ou condições estabelecidas” depois de, pelo menos, 10 dias de uma notificação por escrito, segundo o documento assinado que a ESPN teve acesso.
“A parte que der causa à rescisão do contrato ou que vier a rescindi-lo sem justo motivo ficará sujeita ao pagamento de multa compensatória pré-fixada de mútuo de 10% do valor total, calculada proporcionalmente ao tempo de contrato não cumprido”, conforme consta no contrato.
Nesta situação, considerando que o Corinthians já recebeu cinco pagamentos da VaideBet, totalizando R$ 50 milhões, a empresa deveria pagar uma multa de R$ 31 milhões, o equivalente a 10% dos R$ 310 milhões ainda pendentes do contrato (total de R$ 360 milhões), em até 45 dias após a notificação.