Fernando Haddad, ministro da Fazenda, se reuniu nesta terça-feira com André Fufuca, ministro do Esporte, para discutir, entre outros assuntos, sobre apostas esportivas. Durante o encontro, eles conversaram sobre a condução da anuência e aprovação do licenciamento das casas de apostas, mecanismos de bloqueio dos sites ilegais e integridade nas apostas esportivas.
“Para garantir a integridade do setor é fundamental que haja o bloqueio dos sites ilegais e que não querem se adequar às normas do mercado brasileiro de apostas”, disse Fufuca. Ele também ressaltou a importância do trabalho interministerial com a Fazenda: “Juntos, estamos trabalhando para regulamentar e monitorar o sistema”.
Recentemente, o Ministério do Esporte, por meio da Secretaria Nacional de Apostas e de Desenvolvimento Econômico do Esporte (SNAEDE), denunciou irregularidades em redes sociais. Nas plataformas, diversos influenciadores digitais vêm promovendo apostas esportivas com promessas de lucros fáceis, sem alertar os usuários sobre os riscos.
Giovanni Rocco, secretário de Apostas Esportivas, alertou para o impacto econômico desses esquemas fraudulentos, afirmando que os influenciadores se escondem atrás de plataformas de redes sociais. “O que eles fazem não é aposta, é um crime contra a economia popular”, concluiu Rocco.
Secretaria de Prêmios e Apostas bloqueou mais de 9 mil sites ilegais
A Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda (SPA/MF) determinou, entre os meses de outubro de 2024 e janeiro de 2025, o bloqueio de 9,6 mil sites de apostas ilegais no Brasil.
Até o momento, 76 empresas contam com autorização para funcionar no país. 70 contam com autorização da SPA, e seis estão liberadas por conta de determinação judicial.
A SPA enviou a primeira lista de bloqueio no dia 11 de outubro, solicitando o bloqueio de mais de 2 mil domínios à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A segunda lista, com quase 1,5 mil sites, foi enviada no final de outubro.
Brasil sai do topo da lista de jogos suspeitos de manipulação
A Sportradar, empresa líder global no segmento de tecnologia esportiva, divulgou nesta semana o seu relatório anual de integridade. Nele, é possível ver um declínio significativo em casos de partidas suspeitas de manipulação de resultado.
Foram registradas, ao todo, 1108 partidas suspeitas em 12 esportes diferentes. Isso aponta uma redução de quase 17% em relação a 2023. Foram analisadas mais de 850 mil partidas de 70 esportes ao longo de 2024. Dessa maneira, mais de 99,5% das partidas não tiveram nenhuma suspeita. Futebol, mais uma vez, liderou o número de casos de partidas suspeitas, com 721. Basquete e tênis, com 187 e 69, completaram o “pódio”.
O Brasil registrou um declínio notável no número de partidas de futebol suspeitas. Foram 53 casos a menos em comparação com 2023, o que faz com que o clube deixe o topo da lista de países com mais partidas suspeitas de manipulação na modalidade. Ao todo, foram registrados 57 casos, mas apenas 4 deles ocorreram em competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O estudo, no entanto, não afirma quem assumiu o topo da lista.
