Após tornar-se réu em processo de manipulação de resultado, Tombense rescinde contrato com Joseph

manipulação de resultado

No final do ano passado, o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, descobriu um suposto esquema de fraude na partida entre Vila Nova e Sport, clubes da Série B do Campeonato Brasileiro.

A partir da denúncia ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) por Bravo, os jogos entre Criciúma e Tombense e Sampaio Corrêa e Londrina também entraram no radar do MP do estado.

Junto a Romário e a Gabriel Domingos, acusados formalmente por fraude, os jogadores Joseph (afastado do Tombense devido às investigações) e Matheusinho (ex-Sampaio Corrêa, atual Cuiabá) foram investigados. 

Joseph tornou-se réu no processo movido pelo MP-GO, e o Tombense rescindiu o contrato com o atleta, conforme comunicado pelo presidente do clube, Lane Gaviolle.

Em nota enviada ao Globo Esporte, a defesa de Joseph disse que a rescisão foi amigável e manifestaram-se indignados com a acusação do zagueiro como parte do esquema.  

“De fato, o contrato foi rescindido por comum acordo, mas não para que o atleta pudesse acompanhar o processo, vez que já possui seus defensores para tanto, mas sim por uma imposição velada do clube, vez que, desde a publicação quanto aos nomes dos atletas que estão sendo procurados pelo GAECO, por meio de investigação, o Tombense de forma unilateral afastou o atleta de suas atividades desportivas não restando alternativa ao atleta senão buscar a rescisão amigável de modo a alcançar outra oportunidade de emprego para sua própria subsistência de seus familiares”.

Entenda o caso

Além de Joseph, Romário, Gabriel Domingos, Matheusinho, Allan Godói (Sampaio Corrêa), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, atual Ituano), Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, atual Sepahan FC – Irã) e Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, atual Operário-PR) foram acusados formalmente pelo MP de Goiás após a Justiça acatar a denúncia feita em novembro de 2022. Os jogadores envolvidos teriam sido contratados para cometer pênaltis durante os jogos dos clubes da Série B do Brasileirão. Cada jogador receberia R$ 150 cada pela infração.

Ainda que os réus não tenham sido presos, a Justiça determinou, em 17 de março, a citação dos réus para que respondessem às acusações por escrito em, no máximo, 10 dias. Bruno Lopez, empresário apontado como líder da organização criminosa, foi solto no dia 19 de fevereiro.

Bravo, na época, disse: “Essa pessoa nos relatou que a combinação era um pênalti no primeiro tempo de Sport x Vila Nova e outras duas partidas da mesma rodada (Sampaio Corrêa-Londrina e Criciuma-Tombense)”, explicou. Acrescentou, ainda, que “só se descobre quando dá errado. Vem o burburinho e aí você pesca. Tentou-se fazer em um jogo do Vila uma ação individual. Um jogador do Vila deveria fazer um pênalti, o que não aconteceu”.