Presidente do Senado anuncia membros da CPI das Apostas Esportivas

CPI

Ontem, 9, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal, anunciou alguns dos integrantes que irão compor a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas. 

Os membros titulares nomeados são os senadores Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), Marcio Bittar (UNIÃO-AC), Otto Alencar (PSD-BA), Angelo Coronel (PSD-BA), Jorge Kajuru (PSB-GO), Chico Rodrigues (PSB-RR), Romário (PL-RJ) e Eduardo Girão (NOVO-CE).

Os senadores Giordano (MDB-SP), Efraim Filho (UNIÃO-PB), Sérgio Petecão (PSD-AC) e Carlos Portinho (PL-RJ) serão os suplentes.

A CPI, requerida por Romário, visa investigar as denúncias e as suspeitas de manipulação de resultados no futebol nacional, as quais envolvem jogadores, dirigentes e empresas de apostas esportivas.

“Vale lembrar que o futebol é uma importante atividade econômica de nosso país, que gera dezenas de milhares de empregos e movimenta importante cadeia direta e indireta de geração de renda. É, portanto, dever do Estado regulamentar e fiscalizar as suas atividades, em nome do interesse público”, disse Romário.

A Comissão será composta por 11 senadores titulares e sete suplentes. No entanto, o bloco Aliança, formado pelo Partido Progressista e pelo Republicanos, ainda não realizou as indicações dos nomes que irão compor a CPI, conforme explicou Pacheco. 

CPI da Manipulação no Futebol já foi realizada em 2023 na Câmara

Em setembro do ano passado, a CPI da Manipulação no Futebol, iniciada na Câmara dos Deputados em maio de 2023, encerrou a primeira fase de investigações sem a votação do relatório final, elaborado pelo deputado e relator da CPI Felipe Carreras (PSB-PE), devido ao pedido de vista de parlamentares.

Conforme veiculado pelo portal da Câmara dos Deputados, a CPI realizou nove audiências públicas e ouviu jogadores, procuradores e representantes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), do governo e de algumas casas de apostas.

Wellington Roberto (PL-PE), José Rocha (UNIÃO-BA), Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG) e Márcio Marinho (REPUBLICANOS-BA) foram os quatro parlamentares que pediram vistas do relatório, o que exigirá duas sessões extraordinárias no Plenário para que haja análise do documento. O motivo da solicitação foi a discordância das conclusões expressadas por Carreras em seu relatório final.

O deputado explicou que não foram encontradas provas contra os operadores de apostas esportivas durante as investigações da Comissão. Os informes, segundo o parlamentar, mostraram que as casas foram prejudicadas pela fraude.

No relatório, Carreras concluiu que “o futebol brasileiro, e o esporte de maneira geral, está muito exposto à prática criminosa de manipulação de resultados, em razão do crescimento do mercado de apostas esportivas”.