SBC Summit Rio: desafios e oportunidades da regulação para KYC e onboarding

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Com o processo regulatório dos jogos on-line em andamento no Brasil, especialistas de diferentes segmentos da indústria se reuniram no SBC Summit Rio 2024 para analisar as perspectivas e os desafios da situação.

Durante o painel “Decifrando as regras de verificação de identidade nas novas regulamentações brasileiras de apostas esportivas”, moderado por Carlos Eduardo Merlin, vice-presidente de Vendas da CAF, Sean Telford, responsável de Operações da KTO, Leonardo Chaves, country manager no Brasil da OKTO, e Rafael Rebelo, responsável de Riscos e Compliance do H2 Group, analisaram como veem o panorama sob sua perspectiva durante o último dia do SBC Summit Rio. 

Rebelo demonstrou-se otimista a respeito do atual cenário no Brasil e disse que é uma “oportunidade para crescer e ser melhor no mercado”. Embora tenha declarado que é um “grande desafio”, garantiu que há a possibilidade de “melhorar seu produto, sempre atendendo as normas infralegais e a lei em geral”. 

Seguindo a mesma linha, Chaves destacou que é “crucial” trabalhar na redução de riscos. Pontualmente, referiu-se a principal diferença com a maioria dos setores que apenas se preocupam em cobrar, já que o jogo também deve pagar aos usuários em determinados casos. Conforme explicou, isso representa uma oportunidade para a fraude e a lavagem de dinheiro, e é aí que entra a experiência da OKTO como instituição financeira já regulamentada pelo Banco Central do Brasil. 

Em relação à preparação das empresas antes da regulamentação, Telford apontou que as companhias buscam replicar o que o setor fintech tem feito há anos. No entanto, questionou o requerimento de dados biométricos dos usuários e chamou isso de “exagero”. Além disso, explicou que se trata de processos caros que reduzem o retorno de investimento aos operadores. 

Por isso, Telford comentou sobre a necessidade de trabalhar sobre os processos de registros para simplificá-los e, assim, melhorar a retenção de jogadores. Contudo, explicou que, ainda que estejam se preparando para cumprir com as normas, não se pode fazer muito antes das portarias. 

De acordo com Chaves, a OKTO está trabalhando em “agregar valor”, tendo em vista que os pagamentos e a política KYC são fundamentais para a experiência de usuário. 

“Precisamos saber como enfrentar os riscos por meio de bons serviços, base de dados, verificação de informações e trabalho em conjunto com os operadores para separar os bons dos maus usuários”, afirmou Chaves.

Chave também explicou que uma forma de melhorar os serviços está na verificação de identidade, por isso destacou a ferramenta Pay & Pay de OKTO, desenvolvida para identificar rapidamente os dados de cada usuário com seu CPF.

Sobre as portarias, Rebelo estava na expectativa com as novidades que poderiam ter em relação à verificação de identidade e às regras de AML; logo, pediu que se imite outras regulamentações que já funcionaram no passado.