A fintech Z.ro Bank, autorizada pelo Banco Central do Brasil (BCB), está em processo para implementar um assistente virtual, com ativação pelo WhatsApp, que pode realizar apostas on-line, listar odds e opções de jogos em sites de casas de apostas on-line.
No estágio inicial, o foco é voltado para compra de ingressos e eventos esportivos. No segundo momento, os usuários de plataformas de apostas poderão apostar diretamente pelo WhatsApp sem acessar a plataforma da operadora, já que o objetivo é que a inteligência artificial (IA) faça o trabalho da pesquisa, o usuário somente deve pagar ao final do processo.
O assistente virtual pode ser comprado por diferentes marcas e personalizado conforme as necessidades de cada empresa. Após o processo de login e reconhecimento facial, o jogador deve conseguir apostar pelo WhatsApp. Como provedor de tecnologia, o Z.ro Bank também será responsável pelo processamento dos pagamentos.
“O sistema, então, validará se o número do WhatsApp da pessoa bate com o mesmo telefone cadastrado na casa de apostas e, a partir daí, ela poderá fazer as apostas com mais essa facilidade”, explicou Edision Pereira Neto, CEO do Z.ro Bank.
Ainda segundo o CEO, a funcionalidade “beneficiará as duas pontas, porque tanto as empresas que atendemos quanto seus clientes finais esperam finalizar seus pedidos no menor número de cliques possível”.
A América Latina tem apetite por fintechs
No final de 2024, o banco digital brasileiro Nubank ultrapassou a marca de 100 milhões de clientes no Brasil, escancarando mais uma vez como a América Latina tem apetite por novas fintechs. A empresa de serviços financeiros, com sede em São Paulo, agora atende 57% da população adulta do país, conforme divulgado em um anúncio recente.
Isso significa que a empresa conquistou mais oito milhões de clientes no Brasil nos últimos seis meses, elevando o total de clientes no Brasil, Colômbia e México para 108 milhões.
O sucesso do Nubank e de outras fintechs semelhantes demonstra o apetite dos brasileiros e outros consumidores da América Latina por métodos de pagamento alternativos (APMs, na sigla em inglês).
A demanda por esses produtos é muito mais pronunciada entre o público geral na América Latina do que na Europa Ocidental e na América do Norte, onde os bancos tradicionais e métodos como cartões de débito ainda são predominantes – embora o crescimento de bancos digitais como Monzo e Revolut esteja mudando esse cenário.
