Na quarta-feira, 17, a Câmara dos Deputados instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias de manipulação e de fraude nas apostas esportivas, iniciadas pela operação “Penalidade Máxima”, do Ministério Público de Goiás (MP-GO).
A CPI da Manipulação de Resultados foi criada por iniciativa do deputado Felipe Carreras, do PSB de Pernambuco. No requerimento da CPI, Carreras disse que a indústria das apostas, por permitirem diferentes tipos de palpites, permite a ação de quadrilhas especializadas no esquema de manipulação.
“A falta de regulamentação do setor ainda deixa lacunas que permitem que criminosos, agindo de má-fé, maculem o resultado esportivo”, declarou Carreras.
A Comissão terá duração de 120 dias, prorrogável por mais 60 dias, e será presidida pelo deputado Julio Arcoverde, do PP do Piauí, que analisará os casos revelados pelo MP-GO durante a fase de investigação.
Os parlamentares reuniram-se na próxima semana para definir o plano de trabalho para, então, realizarem encontros semanais para recolher testemunhos e debater o tema.
Além de Arcoverde, os deputados André Figueiredo (PDT-CE), Daniel Agrobom (PL-GO) e Ricardo Silva (PSD-SP) serão primeiro, segundo e terceiro vice-presidentes, respectivamente.
No combate à situação atual está Flávio Dino, ministro da Justiça, que determinou que a Polícia Federal (PF) investigue o esquema de fraude em apostas.
Neste ínterim, o Governo Federal direciona-se para a regulamentação do setor no país. O Ministério da Fazenda anunciou, no dia 11 de maio, que a Medida Provisória (MP) das apostas esportivas está na etapa final de discussão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve assinar o documento em breve.
Entretanto, Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, solicitou que a MP se converta em Projeto de Lei (PL) de urgência, a fim de que seja analisado pelo Congresso Nacional.
