CPI das Apostas: Carreras posiciona-se e reclama de convocações aleatórias

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Em reunião realizada na última terça-feira (13), o chefe da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas, Felipe Carreras, confrontou os demais integrantes do grupo de trabalho pela convocação de “pessoas aleatórias” para depor.

A CPI foi criada recentemente com o objetivo de apurar denúncias de manipulação de resultados nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro – tais denúncias foram apresentadas pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) há alguns meses. A CPI divulgou uma longa lista de pessoas relacionadas aos escândalos de fraude esportiva, as quais tiveram de prestar depoimentos durante a investigação. 

Conforme noticiado por Guilherme Amado, em sua coluna no site Metrópole, Felipe Carreras, relator da Comissão, começou seu discurso dizendo que os indivíduos que não estão no radar da Justiça tiveram de ir à CPI como investigados, como foi o caso do presidente da Federação Goiana de Futebol, Ronei Freitas – que ficou “constrangido por ser convocado dessa maneira”.

Carreras, líder do bloco de partidos aliado a Arthur Lira – presidente da Câmara dos Deputados que defende a regulamentação das apostas esportivas -, instruiu os deputados que participaram da reunião a transmitirem, aos demais parlamentares, que todas as chamadas de cidadãos que não são alvos da investigação sejam transformadas em convites – o que dispensa o declarante de comparecer à Comissão.

Ainda, acordaram que “para reduzir o número de pedidos, os deputados darão prioridade aos convites às associações empresariais em vez de telefonar aos donos de cada empresa”.

A CPI acumulou queixas de pedidos apresentados de forma injustificada. O primeiro caso envolveu o deputado Luciano Vieira (PL-RJ), que requereu o jogador Gabriel Menino, do Palmeiras, que não havia sido citado em nenhuma investigação.O texto da Medida Provisória (MP), elaborado pela equipe do Ministério da Fazenda e que irá regulamentar a indústria de apostas esportivas no país, já está pronto – e aguardava apenas a assinatura de Lula. Entretanto, o documento não será publicado até que a CPI resolva o problema das queixas no futebol.