Enjoy segue com nova reorganização financeira

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A Enjoy apresentou proposta de Acordo de Reestruturação a seus credores como parte do processo de reorganização financeira. A empresa busca manter a sustentabilidade de suas operações; por isso, apresentou o documento nesta semana à 8ª Vara Cível de Santiago.

A proposta da Enjoy será submetida à votação dos credores no dia 18 de junho, enquanto a empresa avança com a venda de seus ativos.

“O plano considera a reestruturação de obrigações, como a venda de operações e a captação de novos recursos para financiar operações em curto prazo. O que propomos procura embasar de forma responsável os nossos compromissos com fornecedores, clientes, acionistas e comunidades em que estamos presentes, bem como com os nossos 5.300 trabalhadores”, citou Jaime Maluk, CEO da Enjoy, ao Diario Economía.

Além disso, Maluk falou sobre os desafios enfrentados pela empresa, que tem sofrido “uma constante de efeitos externos nocivos nos últimos anos, dados por mudanças nas expectativas regulatórias, assimetrias competitivas e aspectos sistêmicos de contração da demanda e aumento de custos”.

“O entretenimento passou por transformações estruturais, com novas tendências e hábitos de consumo, viagens e gastos por parte das pessoas. O ambiente econômico também sofreu mudanças fundamentais, com o crescimento abrandando nos últimos anos”, acrescentou o CEO.

Esteban Rigo-Righi, gerente-geral da Enjoy, revelou que a empresa “fez progressos” na venda de seus ativos, como “informou recentemente”.

Conforme a apresentação da empresa à Justiça, a venda de bens não necessita de aprovação dos credores desde que o processo continue com determinados requisitos. Igualmente, a Enjoy deverá apresentar um plano de venda aos credores para aprovação da comissão no prazo de 90 dias, a contar da data da assembleia deliberativa.

A venda de ativos da Enjoy

O processo de venda da Enjoy ainda está em fase inicial, mas já possui diversos interessados ​​em seus ativos. Segundo a imprensa chilena, a Logrand Entertainment, principal alvo como possível comprador nos últimos meses, possui interesse em adquirir posições da operadora. Contudo, os quartos de Viña del Mar, de Coquimbo e de Pucón ficariam de fora da equação.

Conforme noticiou o Diario Financiero, a empresa considera os preços pagos por estas licenças “estratosféricos” e que seria mais rentável pagar as notas de garantia. Dessa forma, outros operadores, como Dreams e Marina del Sol, teriam a oportunidade de investir.

O cassino de Punta del Este, talvez o ativo mais relevante da Enjoy, é o que mais desperta interesse nas empresas internacionais. Já existem negociações avançadas com cinco potenciais compradores, apesar de certas projeções negativas relativas ao impacto da regulamentação dos jogos de azar no Brasil existirem.