A FIFA fez história ao lançar o convite para licitação dos direitos de mídia da Copa do Mundo Feminina de 2027 no Brasil e da Copa do Mundo Feminina de 2031. Até agora, a FIFA sempre vendeu os direitos de mídia dos torneios femininos em um pacote com o torneio masculino.
O órgão regulador do futebol mundial enfatizou que a edição de 2027 é uma prioridade, embora esteja aberto a ofertas para o torneio de 2031. Este convite marca a primeira vez que os direitos serão vendidos de forma independente. Isso se deve ao crescimento da popularidade do esporte e também ao maior interesse de transmissão por diferentes emissoras no mundo.
Como o Brasil sediará o evento em 2027, a FIFA espera que as audiências televisivas aumentem significativamente nos Estados Unidos, por exemplo, um dos maiores consumidores do torneio. Isso é atribuído a fusos horários mais favoráveis e ao crescente interesse geral pelo futebol feminino em todo o mundo.
No Brasil, o futebol feminino tomou proporções históricas. O Corinthians, pentacampeão do Brasileirão, levou mais de 44 mil pessoas para a Neo Química Arena na final contra o São Paulo em setembro deste ano.
Na Copa de 2023, segundo a FIFA, mais de 2 bilhões de pessoas acompanharam o evento no mundo todo e quase 2 milhões de torcedores assistiram aos jogos in loco, contando com 1,978 milhão de pessoas nos estádios, um recorde da competição.
Em ativações de marca, no Fifa Fan Festival, 770 mil pessoas acompanharam os jogos nas ativações que a entidade espalhou pelas cidades. Os eventos eram gratuitos e possuíam telões que exibiam as partidas.
Para Aline Heineck, gerente regional no Rio Grande do Sul da Esportes da Sorte, que é patrocinadora oficial do time de futebol feminino do Palmeiras, o torneio de 2027 será, para as empresas, “um momento crucial para sair da teoria e mostrar com ações práticas e efetivas a importância da representatividade feminina no mundo do esporte”.
As ações podem variar, “sejam através de novos patrocínios de clubes e campeonatos, de atletas e até mesmo de exposição de marca. O respaldo de todo mercado será fundamental para isso”, completou Aline.
Para as próximas competições, a FIFA buscará atingir sua meta de direitos de transmissão, algo que o órgão não conseguiu fazer na edição passada. A FIFA tinha como meta de US$ 300 milhões em direitos de transmissão para a Copa do Mundo Feminina, mas ficou aquém em US$ 100 milhões.
Direitos de transmissão da Copa do Mundo Feminina 2027 no Brasil
Estaria nos planos da Globo a ideia de transmitir a Copa do Mundo da FIFA em 2027, segundo coluna do jornal O Globo. O torneio se passará no país do futebol entre os dias 24 de junho e 25 de julho, e a final está programada para acontecer no Maracanã, no Rio de Janeiro. É a primeira vez que um país da América do Sul sedia o evento.
A fim de analisar o cenário brasileiro de patrocínios e publicidades, a Globo, que transmitiu o torneio na última edição, vendeu 17 cotas de publicidade em 2023, feito inédito para o torneio feminino. 34 jogos foram transmitidos pelo canal fechado SporTV, um jogo a cada fase foi transmitido em TV aberta pela Globo, além de todos os jogos da seleção brasileira.
Com os direitos de transmissão ainda abertos para 2024, é um momento de atenção para operadoras, que já estão de olho no patrocínio de times femininos no Brasil e podem ampliar o cenário de apostas esportivas no Brasil em torneios femininos.
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