Romário defende criação de CPI para investigar fraudes no futebol

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O senador Romário anunciou, durante discurso no Plenário, que irá recolher assinaturas para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar manipulação de resultados em jogos de futebol e fraudes em apostas.

Para Romário, a CPI é essencial, principalmente depois que novos casos de fraude esportiva foram descobertos – desde as operações Penalidade Máxima I e II, instauradas pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), no ano passado. 

De acordo com informações divulgadas pela Agência Senado, o parlamentar, ainda, fez referência aos 109 jogos com suspeitas de manipulação de resultados, que foram revelados em um recente relatório da Sportradar.

“Isso nos coloca como o país com o maior número de partidas analisadas nesta condição. Após anos de mercado totalmente sem regulamentação e pela enorme quantidade de dinheiro que o setor movimenta, não podemos mais fechar os olhos para o que vem acontecendo com a integridade do nosso esporte, que é o esporte número um e mais popular do planeta, a paixão de todos, não só dos brasileiros”, afirmou Romário.

O senador salientou que nnao se pode mais “fechar os olhos” para o problema, que afeta a integridade do esporte, e pediu apoio dos colegas da Casa Legislativa para a abertura da CPI.

Operações Penalidade Máxima I e II

A operação Penalidade Máxima I investigou casos de manipulação de resultados em jogos da Série B, os quais foram fraudados no final de 2022.

À época da denúncia dos fatos, oito jogadores de diferentes clubes foram indiciados: Romário (ex-Vila Nova), Joseph (Tombense), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, atualmente no Cuiabá), Gabriel Domingos (ex-Vila Nova), Allan Godói (Sampaio Corrêa), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, atualmente no Ituano), Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, atualmente em Sepahan, no Irã) e Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, atualmente no Operário-PR).

Meses depois, em abril de 2023, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) emitiu e cumpriu uma série de mandados de prisão e de busca e apreensão por casos de fraude em apostas e manipulação de resultados na Série A do Campeonato Brasileiro e em cinco campeonatos estaduais – incluindo os de Goiás, do Rio Grande do Sul, do Mato Grosso e de São Paulo.

A segunda fase da operação envolveu os jogadores Victor Ramos, do Chapecoense, Igor Cariús, do Sport, Gabriel Tota, do Ypiranga-RS, Kevin Lomónaco, do Bragantino, e um jogador cujo nome não foi revelado.