Lula afirma que sancionará PL dos cassinos e do jogo do bicho físicos

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Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que não bloqueará a legalização dos jogos de cassino físico caso haja aprovação da matéria no Congresso Nacional.

Depois que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou o Projeto de Lei (PL) nº 2.234/2022, que legaliza as apostas em cassinos, bingos, no jogo do bicho e em corridas de cavalos em estabelecimentos físicos, o presidente garantiu que irá sancioná-lo caso seja aprovado por deputados e senadores.

Segundo Lula, se for aprovado pelos parlamentares, não vê motivos para não dar seguimento ao PL: “Eu não acredito que pobre vai gastar no cassino. Pobre não vai no cassino. Pobre vai trabalhar no cassino. Ele não vai porque é coisa para gente que tem dinheiro. Eu nunca fui em um cassino”.

No entanto, em evento organizado pela Petrobras em fevereiro deste ano, o presidente da república criticou os jogos on-line – dois meses depois de sancionar a Lei nº 14.790, regulamentando a indústria no país.

Além de declarar que cassinos são proibidos no Brasil por oferecer jogos de azar, disse: “No jogo eletrônico, pode jogar a criança de 5 anos à pessoa de 90 anos, não tem limite. A ordem é jogar. Como as empresas não pagam imposto ainda, porque a lei não foi aprovada, eles estão ganhando muito e pagando pouco”.

À época, Lula também fez menção ao jogo do bicho, afirmando que jogos eletrônicos são “mais graves”.

“Pior do que o jogo do bicho é que hoje é 24 horas por dia de jogo na televisão, o jogo digital. Ontem eu fiquei sabendo uma coisa, que a presidenta [sic] do Banco do Brasil me disse, a famílias estão gastando hoje 14% do que elas ganham no jogo eletrônico”.

ANJL comemora a provável legalização dos cassinos físicos

Na semana passada, a Associação de Jogos e Loterias (ANJL) manifestou-se satisfeita com a aprovação dos cassinos e do jogo do bicho físicos pela CCJ. 

“A legalização dessas modalidades de jogos vai possibilitar nova injeção de recursos na economia brasileira de forma transparente e sob as regras fiscalizadoras do Estado”, disse a ANJL em seu comunicado oficial. 

A Associação ressaltou, ainda, que defenderá a criação de um ambiente “íntegro, regulado e transparente”, para que o Brasil se torne um dos principais mercados da indústria. 

As atividades relacionadas ao setor, segundo a ANJL, colaboram com a geração de empregos e impulsionam o turismo na região, alegando que, com este novo marco, o “Brasil avança para estar alinhado à realidade de países desenvolvidos”, referindo-se à Europa e aos Estados Unidos.