No segundo dia do SBC Summit Latinoamérica 2024, 30 de outubro, Andre Gelfi, diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), Alexandre Fonseca, CEO da Superbet no Brasil, João Gerçossimo, CEO da EstrelaBet, Leonardo Chaves, Country Manager da OKTO no Brasil, e Luiz Felipe Maia, sócio do Maia Yoshiyasu Advogados, discutiram o futuro do mercado de apostas do Brasil.
O painel, moderado por Angelo Alberoni, Country Manager da Novibet no Brasil, abordou como os operadores podem se beneficiar com a expansão do setor no país, entre outras questões envolvendo a regulamentação das apostas e o mercado de Fusões e Aquisições (F&A).
Para Fonseca, os principais desafios do mercado é conseguir o “share of wallet” de usuários e, a partir do ano que vem, “coibir a atuação de operadores que não obtiverem, obviamente, uma licença”.
“A questão fundamental é se organizar para que a comunicação, que a troca [de informações] seja fluida”, acrescentou Gelfi.
Quando questionado sobre competir com grandes empresas, Gerçossimo comentou que, para marcas brasileiras, a principal dificuldade está relacionada ao poder de investimento – operadores internacionais possuem condições financeiras melhores quando comparadas às nacionais.
“Eu acredito que a regulamentação trará maior competitividade em algumas perspectivas, principalmente no que se trata de empresas internacionais vindo para o Brasil, mas eu enxergo isso como positivo”, afirmou o CEO da EstrelaBet.
Apesar da regulamentação entrar em vigor em janeiro de 2025, Chaves afirmou que um provedor de pagamento já “nasce regulado”, referindo-se às normas do Banco Central de cada país em que opera – “e no Brasil não seria diferente”, destacou.
Para ele, é preciso ter um cuidado ainda maior quando a empresa opera em um mercado de apostas não regulamentado para “não perder a essência” da marca dos aspectos de “excelência de serviço, de compliance e de melhores práticas”.
Maia também ressaltou que a regulamentação das apostas no Brasil foi criada com detalhes operacionais, que, normalmente, são acrescentados à legislação em uma “segunda ou terceira rodada de regulamentação”.
No Brasil, desde o início, o processo regulatório das apostas está abordando questões relevantes à indústria, como “pagamentos, lavagem de dinheiro e publicidade”, disse o advogado.
“A gente vai ter muito trabalho”, comentou Maia, afirmando: “Eu estou otimista, cautelosamente otimista [em relação à regulamentação]”.
O painel ‘Brazil’s betting boom: what’s next for the market’ está disponível aqui.
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