Depois de outorgar a primeira licença de operação de apostas esportivas no Brasil, a Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj) anunciou o lançamento oficial da plataforma Loto Carioca, que será administrada Rede Loto – empresa vencedora da licitação.
A Loto Carioca funcionará com o sistema de transações financeiras PIXS Cobrança e Serviços, que será o responsável por realizar as apostas e o pagamento de prêmios.
A loteria é a primeira plataforma autorizada de apostas esportivas no país. Por enquanto, a Loto Carioca atuará apenas dentro do estado do Rio de Janeiro, sob monitoramento e fiscalização da Loterj.
No final do mês de maio, a autoridade estatal de jogo anunciou que a Rede Loto havia se tornado a primeira empresa com licença para operar apostas no Rio – por conseguinte, do Brasil. Com sede em São Paulo, o operador poderá explorar o mercado pelos próximos cinco anos.
A Rede Loto pagou R$ 5 milhões ao estado para finalizar o processo de licitação, comprovando-se o cumprimento dos requisitos técnicos e legais necessários – como as políticas de jogo responsável e de antilavagem de dinheiro, o combate ao financiamento ao terrorismo e as ações de responsabilidade social – para atuar no setor.
Após o Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentar mais de uma dezena de denúncias por possível fraude esportiva, relacionadas a uma “máfia das apostas” nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro, foi instaurada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Resultados para enfrentar o problema, o que atrasou a assinatura da Medida Provisória (MP) que regulamentará a indústria.
O texto da MP, elaborado pela equipe do Ministério da Fazenda, já está pronto – e aguardava apenas a assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entretanto, o documento não será publicado até que a CPI resolva o problema das queixas no futebol, que já deixaram Romário e Ygor Catatau expulsos definitivamente do esporte e outros condenados a suspensão temporária e multa.