Soraya Thronicke afirma que há pressão pelo fim da CPI das Bets

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito de Apostas, a CPI das Bets, afirmou que há pressões que buscam o encerramento das investigações da comissão.

A CPI das Bets, que foi instalada em novembro de 2024, é presidida pelo senador Dr. Hiran (PP-RR) e tem prazo de funcionamento até 30 de abril.

A senadora retrucou, no entanto, que os membros da comissão não irão se intimidar e que as sessões serão retomadas no dia 18 de fevereiro.

CPI das Bets

Em sua última reunião do ano passado, a comissão recebeu a superintendente de Fiscalização da Anatel, Gesilea Fonseca Teles, que sugeriu ampliar as competências da agência para efetivar o bloqueio de sites de apostas ilegais.

Apesar do recesso parlamentar, a senadora Soraya Thronicke garantiu que o trabalho da CPI não será interrompido: “Mesmo com as investidas contra a imagem do colegiado, vamos até o fim”, declarou. A senadora revelou ter sofrido ameaças e perseguições, atribuindo parte do peso dos ataques ao fato de ser mulher.

Soraya destacou que as investigações da CPI expuseram relações do setor de apostas com o crime organizado, incluindo lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Em 2025, a comissão planeja convocar influenciadores digitais que promovem jogos on-line, além de trabalhar na regulamentação mais rigorosa da atividade. Um dos projetos defendidos por Soraya (PL 3.757/2024) busca proibir apostas por beneficiários de programas sociais.

Com esforços concentrados em legislações mais rígidas e regulamentação acelerada, a CPI pretende apresentar um projeto de lei que poderá tramitar em regime especial no Congresso. “Nosso objetivo é minimizar os danos causados por essa atividade, que afeta diretamente a vida de milhares de brasileiros”, explicou Soraya.