Nesta quarta-feira, 2, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou uma proposta para acompanhar o mercado de apostas e jogos on-line no Brasil na saúde pública, no orçamento familiar e em outras pautas de políticas públicas.
Bruno Dantas, ministro e presidente do TCU, apresentou a proposta, que foi aceita por outros membros da corte. O que engloba a proposta são “os custos envolvidos na saúde pública, o impacto no poder de compra das famílias e as ações propostas pelo governo federal”.
Esta análise chega em um momento crítico até a regulamentação da indústria, já que diferentes estudos estão sendo publicados, como a pesquisa preliminar publicada pelo Banco Central (BC) sobre gastos de beneficiários do Bolsa Família. A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) questionou alguns pontos da pesquisa, levando em consideração que outras perspectivas do mercado analisaram valores diferentes dos apresentados na pesquisa.
Parte das ações tomadas pela União, Dantas mencionou o impedimento de menores de idade em esquema de apostas, prevenção à lavagem de dinheiro e roubo de dados.
“Estima-se que o mercado de apostas também pode repercutir no orçamento da saúde, uma vez que, com a inclusão de ações voltadas à população com vício nas bets, haverá possibilidade de um aumento significativo nos atendimentos em saúde mental realizados na Atenção Primária à Saúde e nos Centros de Atenção Psicossocial”, finalizou Dantas em comunicação da presidência do TCU.
Por dentro da proposta aprovada pelo TCU
A fala do ministro Dantas não é a primeira com relação ao vício em apostas. Nesta quinta-feira, 3, o presidente Lula se reuniu com ministros de diferentes pastas do governo para discutir sobre o mercado de apostas e jogos on-line, mais especificamente os desdobramentos das últimas semanas.
“Tem muita gente se endividando, tem muita gente gastando o que não tem, e nós achamos que isso deve ser tratado como uma questão de dependência. Ou seja, as pessoas são dependentes, estão viciadas. Estão resolvemos fazer a reunião que está presente nosso ministro da Fazenda que tem tentado cuidar disso desde que nós tomamos posse”, disse o presidente.